Eis algumas palavras de Dinis Machado
sobre um fotógrafo, natural do Barreiro, que alguns pescadores mais velhos
ainda recordam:
“Talvez se possa definir o Augusto
Cabrita (…) como um ser humano onde se combinam, com uma felicidade
extremamente rara, a truculência, a generosidade e a arte do trabalho. Absorve
a vida como se lhe fosse pouca – e depois distribui-a, caminheiro, pelas mãos
dos outros.
(…) Num dia em que trocámos
citações (como às vezes fazemos) ao
ouvi-lo falar, no limiar da sensibilidade, do burlesco geométrico de Chaplin,
disse-lhe que ele teve um destino à Le Corbusier:
Estás condenado a ver
(…) para que a ideia seja mais
esclarecedora: a sentir, a compreender e a revelar. "
Barreiro, fevereiro, 2010