O meu chapéu
e celebro a vaca cor de chocolate
que antes de desossada esquartejada e limpa
ruminava relva trevos e raros espargos
nos verdes lameiros do barroso
uma
fêmea bovina completa e genuína
de
manso coração alma cristã e duros cascos
que a nunca ter dado em vida nada ao mundo
salvo cântaros de leite e uns quantos bezerros
que a nunca ter dado em vida nada ao mundo
salvo cântaros de leite e uns quantos bezerros
me
deixou a pele do chapéu que faz de mim
outro
homem bem mais alto do que sou
com ar de caubói mas sem coldres à cintura
nem boiada em Lisboa sempre apeado.
com ar de caubói mas sem coldres à cintura
nem boiada em Lisboa sempre apeado.
Lisboa, Dezembro,2014
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