E os ruídos da rua são assim:
Sobem pela frontaria dos prédios
Penetram nas janelas abertas ao verão,
Chegando depois a rastejar como repteis
Por entre as frinchas dos vãos.
Sobem pela frontaria dos prédios
Penetram nas janelas abertas ao verão,
Chegando depois a rastejar como repteis
Por entre as frinchas dos vãos.
E eu estremeço como uma corda
De violoncelo puxada
Em direção ao peito
E logo solta
Da amarra da mão
Em direção ao peito
E logo solta
Da amarra da mão
Tudo porque estou vivo
Podendo dançar
Na palma da mão
Na palma da mão
do meu palhaço
de faiança de Limoges
aos dias pares, alegre
ímpares, triste.
de faiança de Limoges
aos dias pares, alegre
ímpares, triste.
Lisboa, 24 sete,2018
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