Só
que não se confina apenas a
escrevinhar
o que a sua visão abarca, filtra, compõe, detalha e recria, que
os sons também merecem umas
linhas escritas no caderno... Como
os chilreares alegres e os
latidos alvoraçados; os
silvos estridentes das sirenes e o
badalar timbrado dos sinos; o gemido dos eixos dos carros arrastados
pela parelha de bois; o restolhar
do rio, redemoinhando por entre as fragas
traiçoeiras, capazes de despedaçarem o coração
de qualquer mareante.
Porém, e
entre todos os sons, o mais eloquente: o das
falas humanas, matéria que acabará por constituir o maior
alimento na construção da escrita literária de Alves Redol em
torno do rio Douro, tal
como já o
havia feito com as
estórias narradas pelas gentes avieiras
do rio Tejo. (...)
V.F.Xira,Outubro,2014
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